Acre
Focos de incêndio no perímetro urbano crescem 82% em Rio Branco
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É chegada a época de maior preocupação para o meio ambiente no Acre. O tempo seco, de ausência de chuvas junto com a prática cultural de colocar fogo na área rural na agricultura e nas cidades nos lixos e entulhos fazem com que em muitos dias a fumaça tome conta da paisagem na capital acreana.
Junto com a fumaça, aparecem os problemas respiratórios e o que mais se ver são crianças e idosos, principalmente, lotando as unidades de saúde.
Os números de 2019, infelizmente, mostram um crescimento nos focos de incêndio no perímetro urbano de Rio Branco, segundo dados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
No ano passado, de janeiro a agosto foram identificados 281 focos de incêndio. Em 2019, esse número saltou para 512. Um crescimento de 82%.
Os órgãos de controle intensificam as campanhas de esclarecimento para tentar mudar o hábito da população de queimar, mas também alertam que queimar é crime, passível de multa, como também responder a um processo criminal com pena que varia de seis meses a dois anos de prisão.
Ao receber uma denúncia, a equipe de fiscalização da Semeia vai até o local, identifica o proprietário do local, tira fotos, notifica e encaminha ao Ministério Público para que faça as diligências posteriores.
Segundo números da Secretaria Municipal de Saúde, os hospitais e demais unidades de saúde em Rio Branco já receberam mais de 20 mil
casos de suspeita de infecção respiratória ocasionada pela fumaça das queimadas.
“A gente orienta que as pessoas denunciem para que nós, junto com o Corpo de Bombeiros, possamos tá apagando esse fogo e também está verificando quem é o proprietário dessa área. É importante tratar as queimadas não apenas no campo ambiental, mas também na questão de saúde da população. Temos uma grande incidência de internações por conta dessa fumaça, que é oriunda dessas queimadas”, afirma Aberson Carvalho, secretário de meio ambiente de Rio Branco.
As denúncias podem ser feitas no telefone 3228-5765, ou diretamente no 190 (Ciosp) ou 193 (Corpo de Bombeiros